quarta-feira, 8 de abril de 2015

É preciso ir embora.


Ir embora é importante para que você entenda que você não é tão importante assim, que a vida segue, com ou sem você por perto. Pessoas nascem, morrem, casam, separam e resolvem os problemas que antes você acreditava só você resolver. É chocante e libertador – ninguém precisa de você para seguir vivendo. Nem sua mãe, nem seu pai, nem seu ex-patrão, nem sua pegada, nem ninguém. Parece besteira, mas a maioria de nós tem uma noção bem distorcida da importância do próprio umbigo – novidade para quem sofre deste mal: ninguém é insubstituível ou imprescindível. Lide com isso.

É preciso ir embora.
Ir embora é importante para que você veja que você é muito importante sim! Seja por 2 minutos, seja por 2 anos, quem sente sua falta não sente menos ou mais porque você foi embora – apenas sente por mais tempo! O sentimento não muda. Algumas pessoas nunca vão esquecer do seu aniversario, você estando aqui ou na Austrália. Esse papo de “que saudades de você, vamos nos ver uma hora” é politicagem. Quem sente sua falta vai sempre sentir e agir. E não se preocupe, pois o filtro é natural. Vai ter sempre aquele seleto e especial grupo que vai terminar a frase “Que saudade de você…”com “por isso tô te mandando esse áudio”; ou “porque tá tocando a nossa música” ou “então comprei uma passagem” ou ainda “desce agora que tô passando aí”.

Então vá embora. Vá embora do trabalho que te atormenta. Daquela relação que você sabe não vai dar certo. Vá embora “da galera” que está presente quando convém. Vá embora da casa dos teus pais. Do teu país. Da sala. Vá embora. Por minutos, por anos ou para vida. Se ausente, nem que seja para encontrar com você mesmo. Quanto voltar – e se voltar – vai ver as coisas de outra perspectiva, lá de cima do avião. As desculpas e pré-ocupações sempre vão existir. Basta você decidir encarar as mesmas como elas realmente são – do tamanho de formigas.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

un-niversary

Life does go on
not for me but for you
you and your white walls
and white sofa
and me time-crystal
trapped in purple and brown
and places I don't want
and you and your fuchsia boxes
and façade good will
and me time-tempo and specular
and grease and  rheum
not for you but for me
life halts on
and rancid and lumps
and chokes and knots
and life goes on
for you

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Vampiro e polaquinha mudaram-se

Vampiro e polaquinha mudaram-se.
Já não moram mais em Curitiba.

Em seu lugar vieram Zumbi e Nega Maluca.
Bem menos simpáticos. Bem menos românticos.

E confesso, desses novos moradores tenho medo.
E não por eu ser curitibano típico e arredio com desconhecidos.

E sim por causa dos olhos deles.
Olhos que me dão medo.

Circulo a noite pela região do Largo da Ordem.
Imposição profissional. Detesto seus bares de cadeiras mequetrefes.

Vejo-os religiosamente todo santo dia
- ou noite - como preferir.

Vejo os olhos do Zumbi e da Nega Maluca por poucos segundos.
Isso, quando a luz rápida do fogo acende perto do rosto coberto por suas mãos.

Eles estão sempre em duplas.
As vezes com um cachorrinho.
Coitado do cachorrinho, penso eu.

Além de medo tenho pena profunda do Zumbi.
Mas a pena só vem depois.
Pois tenho que apressar o passo.

Chego a lembrar de colegas quase intelectuais que defendem o que os torna zumbis.
E os quase intelectuais se escondem por trás de fachadas de compaixão.
Chão.
Caixão.

Mas se compaixão verdadeira tivessem não defenderiam o que os tornam zumbis.
E os seus velados cúmplices.
Zumbidos.
Bis.

Então, também me compadeço pelos quase intelectuais.
Mas não pelos seus "ais".

Ai que saudades do vampiro e da polaquinha.
Estes só mordiam pescoços.

Já não moram mais em Curitiba.
Mas quem mora agora?

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Contra o "Do-Contra". Ou: Halloween seem!



Realmente não entendo o celeuma entre algumas pessoas que defendem o Halloween (ou Dia das Bruxas) e as que defendem a pureza da cultura Brasileira contra a “americanização” das datas festivas. As aspas da frase anterior estão lá conscientemente[1]. Dizer que o Halloween é uma festa americana é uma grande bobagem. Dizer que é uma festa em comemoração ao demônio ou às bruxas me parece maior bobagem ainda. A cegueira com a qual alguns combatem o malévolo Estados Unidos (como se fosse uma entidade - cheguei a ler com horror celebrações pelas mortes causadas pelo furacão Sandy. “Eram americanos. Bem-feito”.) talvez as desanime a tentar pesquisar sobre a data. Halloween não surgiu nos EUA. Halloween não é só sobre fantasias e doces e Halloween não foi uma data inventada para aquecer o comércio em épocas de vendas mornas, como o Dia dos Namorados em junho, por exemplo[2].

A festividade surgiu na Europa e depois foi incorporada pela igreja Católica como o "Festum omnium sanctorum" em honra a todos os santos, conhecidos e desconhecidos. Durante toda a Idade Média era popular a crença de que, nesse dia, as almas no purgatório podiam aparecer em forma de fogo-fátuo, bruxa, sapo, e até saci, se duvidar.

Outras tradições como enfeitar árvore de Natal, dar ovos de páscoa, e até o carnaval foram importadas e não vejo ninguém fazendo mimimi anti-carne vale nos dias que antecediam a Quarta-feira de Cinzas.

"Dia das bruxas" não é utilizado pelos povos de língua inglesa, sendo essa uma designação apenas dos povos de língua portuguesa. É claro que nos EUA (até devido ao seu tamanho) é onde a festa tem mais proeminência. Mas torcer o nariz para escolinhas de inglês que celebram o Halloween e eventuais festas a fantasia que pipocam aqui e acolá (felizes estão as lojas de locação de trajes) me parece recalque misturado com complexo de inferioridade. Assim como me pareceu o mesmo marcar o Dia do Saci bem no dia do tal Hallow Evening.

Isso aqui não é uma defesa do Halloween em si (nem o acho tão interessante, tirando que sou fã dos episódios do Snoopy que mostram o tema – e tantos outros também), e sim da forma de pensamento excludente versus inclusivo. Quer celebrar o Saci, a Cuca, a Caipora, a Vaca Amarela? Eu acho realmente muito legal. Mas fez parte de mim sempre achar que quanto mais diverso melhor. As sociedades só crescem e se desenvolvem, inclusive culturalmente, através do intercâmbio de ideias e troca de experiências. Isso não é de agora e não acabará hoje graças a choradeira de alguns inter-chatos. Tentar se fechar é chato. Tentar se abrir é bacana. Excluir é chato. Incluir é bacana. Mais fácil agora, cara-pálida?


[1] Oportunidade para divulgar o engraçado Unecessary Quotes

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Sarcasmo much?

Internauta tentou dar uma de engraçadinho (como quase todo mundo na internet) sem sucesso. Entrou na página de relacionamentos de uma marca de absorventes femininos em uma rede social. Lá tentou fazer graça perguntando a razão do líquido nos anúncios ser azul e não vermelho e se as mulheres faziam tais atividades mostradas no comercial. A empresa fez um vídeo bem-humorado apresentando ao internauta (ou qualquer um que se pergunta a mesma coisa) uma coisa chamada metáfora. Clap-clap.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Sessões do Imaginário













Saiu artigo meu na revista Sessões do Imaginário. Para quem se interessa por Cinema e Cibercultura. / 
An article of mine came out in the "Sessões do Imaginário" journal. For those interested in cinema and cyberculture.
http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/famecos

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Download de livros


Vários livros de estudos em Comunicação e Artes para download gratuito aqui.

terça-feira, 19 de junho de 2012

FSA abre inscrições para linha voltada à produção de obras de TV


Chamada Pública disponibiliza R$ 50 milhões para obras seriadas de ficção, animação ou documentário e R$ 5 milhões para documentários com mais de 52 minutos

Estão abertas a partir de segunda-feira, 18 de junho, as inscrições para a Chamada Pública da Linha B do Fundo Setorial do Audiovisual - FSA, voltada à seleção de projetos de produção independente de obras audiovisuais brasileiras para a televisão. São aceitos projetos no formato de obra seriada (minissérie ou seriado do tipo ficção, documentário e animação) e documentários com duração superior a 52 minutos. Para as obras seriadas são disponibilizados R$ 50 milhões, mais que o dobro dos recursos oferecidos em 2011; para documentários, R$ 5 milhões. Séries como “Meu Amigãozão”, “Julie e os Fantasmas” e “Caco e Dado” estão entre as produções já contempladas pela linha B do FSA.

Podem ser inscritos projetos aprovados ou inscritos na ANCINE e que se encontrem em qualquer etapa de produção, desde que não tenham sido concluídos. Projetos já aprovados deverão estar dentro do prazo de captação autorizado pela agência. A verificação da inscrição na ANCINE ocorrerá a partir da informação do número de SALIC (Sistema de Acompanhamento das Leis de Incentivo a Cultura) do projeto.

Para inscrever os projetos é necessário preencher e finalizar a inscrição eletrônica específica para este processo de seleção, disponível no portal do BRDE, agente financeiro do Fundo Setorial do Audiovisual. A data final para inscrição é dia 30 de novembro. A seleção é em fluxo contínuo, o que vai permitir a emissoras e programadoras de televisão planejar melhor suas grades de programação.

Em 2012 o Fundo Setorial do Audiovisual disponibiliza R$ 205 milhões para quatro linhas de ação: projetos de produção e distribuição de longas-metragens e produção de séries de televisão. O valor é superior à soma dos recursos investidos nas três convocatórias anteriores do FSA (R$ 202,5 milhões).

Portal do BRDE

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Inscrições abertas para o 3º doc futura


Do futura.org.br

De 14 de maio a 06 de julho, o Canal Futura recebe inscrições para o 3º
DOC Futura, pitching que vai selecionar um projeto de documentário de 52
minutos para coprodução e exibição. Não há delimitação temática e
narrativa, mas o canal busca, sobretudo, projetos que tratem de assuntos
relacionados aos direitos humanos. O projeto vencedor receberá o valor
máximo de R$110 mil, verba que deve incluir todas as etapas de formatação,
conteúdo, pesquisa, direitos autorais, produção, realização e finalização.
O público-alvo é livre.

“Os projetos que têm maiores chances de vencer são aqueles que tratam de
temas provocadores, instigantes, que possam levar nosso público a refletir
a partir de uma abordagem igualmente inusitada. Também daremos preferência
a temas ligados aos direitos humanos que sejam de grande valia para a
nossa sociedade e ainda pouco abordados na mídia”, explica a gerente de
Conteúdo do Canal Futura, Débora Garcia.

A relação completa dos projetos selecionados para apresentação à banca
examinadora será divulgada no dia 27 de julho. O pitching acontece no dia
9 de agosto, com divulgação do vencedor no dia 10 de agosto.

Baixe aqui o edital com o regulamento e a ficha de cadastro

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

2ª semitom


The National - Bloodbuzz Ohio
Sophie Ellis Baxtor - Revolution
Dixie Chicks - Landslide
Robin LeDuc - Laissez-moi passer
Jasmin Wagner - Morgen wenn ich weg bin