quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Contra o "Do-Contra". Ou: Halloween seem!



Realmente não entendo o celeuma entre algumas pessoas que defendem o Halloween (ou Dia das Bruxas) e as que defendem a pureza da cultura Brasileira contra a “americanização” das datas festivas. As aspas da frase anterior estão lá conscientemente[1]. Dizer que o Halloween é uma festa americana é uma grande bobagem. Dizer que é uma festa em comemoração ao demônio ou às bruxas me parece maior bobagem ainda. A cegueira com a qual alguns combatem o malévolo Estados Unidos (como se fosse uma entidade - cheguei a ler com horror celebrações pelas mortes causadas pelo furacão Sandy. “Eram americanos. Bem-feito”.) talvez as desanime a tentar pesquisar sobre a data. Halloween não surgiu nos EUA. Halloween não é só sobre fantasias e doces e Halloween não foi uma data inventada para aquecer o comércio em épocas de vendas mornas, como o Dia dos Namorados em junho, por exemplo[2].

A festividade surgiu na Europa e depois foi incorporada pela igreja Católica como o "Festum omnium sanctorum" em honra a todos os santos, conhecidos e desconhecidos. Durante toda a Idade Média era popular a crença de que, nesse dia, as almas no purgatório podiam aparecer em forma de fogo-fátuo, bruxa, sapo, e até saci, se duvidar.

Outras tradições como enfeitar árvore de Natal, dar ovos de páscoa, e até o carnaval foram importadas e não vejo ninguém fazendo mimimi anti-carne vale nos dias que antecediam a Quarta-feira de Cinzas.

"Dia das bruxas" não é utilizado pelos povos de língua inglesa, sendo essa uma designação apenas dos povos de língua portuguesa. É claro que nos EUA (até devido ao seu tamanho) é onde a festa tem mais proeminência. Mas torcer o nariz para escolinhas de inglês que celebram o Halloween e eventuais festas a fantasia que pipocam aqui e acolá (felizes estão as lojas de locação de trajes) me parece recalque misturado com complexo de inferioridade. Assim como me pareceu o mesmo marcar o Dia do Saci bem no dia do tal Hallow Evening.

Isso aqui não é uma defesa do Halloween em si (nem o acho tão interessante, tirando que sou fã dos episódios do Snoopy que mostram o tema – e tantos outros também), e sim da forma de pensamento excludente versus inclusivo. Quer celebrar o Saci, a Cuca, a Caipora, a Vaca Amarela? Eu acho realmente muito legal. Mas fez parte de mim sempre achar que quanto mais diverso melhor. As sociedades só crescem e se desenvolvem, inclusive culturalmente, através do intercâmbio de ideias e troca de experiências. Isso não é de agora e não acabará hoje graças a choradeira de alguns inter-chatos. Tentar se fechar é chato. Tentar se abrir é bacana. Excluir é chato. Incluir é bacana. Mais fácil agora, cara-pálida?


[1] Oportunidade para divulgar o engraçado Unecessary Quotes

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Sarcasmo much?

Internauta tentou dar uma de engraçadinho (como quase todo mundo na internet) sem sucesso. Entrou na página de relacionamentos de uma marca de absorventes femininos em uma rede social. Lá tentou fazer graça perguntando a razão do líquido nos anúncios ser azul e não vermelho e se as mulheres faziam tais atividades mostradas no comercial. A empresa fez um vídeo bem-humorado apresentando ao internauta (ou qualquer um que se pergunta a mesma coisa) uma coisa chamada metáfora. Clap-clap.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Sessões do Imaginário













Saiu artigo meu na revista Sessões do Imaginário. Para quem se interessa por Cinema e Cibercultura. / 
An article of mine came out in the "Sessões do Imaginário" journal. For those interested in cinema and cyberculture.
http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/famecos